O Faroeste pode não parecer, mas é um elemento muito importante para o Cinema, uma vez que ainda haviam caubóis rondando pelo Oeste quando a sétima arte foi inventada. Não demorou para que o gênero se estabelecesse nas telonas e eventualmente se tornasse o mais popular de Hollywood. Entre “The Great Train Robbery”, de 1903, e “Django Unchained”, de 2012, estão mais de 100 anos de história. Aqui coloco minhas 20 obras preferidas do gênero. Relembrando que a composição da lista é tão subjetiva quanto o gosto de uma pessoa pode ser, permanecendo a intenção de apresentar algumas recomendações pessoais para quem se interessa pelo gênero.
20. Pat Garrett & Billy the Kid, 1973
Direção: Sam Peckinpah
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19. Butch Cassidy and the Sundance Kid (Butch Cassidy), 1969
Direção: George Roy Hill
Admito que faz um tempinho que vi “Butch Cassidy and the Sundance Kid” pela última vez, mas sem dúvidas ele merece um lugar numa lista como essa. Os que viram “The Sting” e gostaram acharão este faroeste um prato cheio, pois toda aquele sentimento de suavidade na trama está presente; é uma experiência muito fácil de ser digerida. Muito disso se dá pela história ser contada sem pressa alguma, o que, por sua vez, reflete o estilo de vida da dupla de bandidos. Não é nenhum exemplo de perseguição sem fim, nervos à flor da pele e noites sem descanso. Eles são bandidos, sim, mas no fundo são apenas dois rapazes que querem se divertir. Nos papéis principais estão Paul Newman e Robert Redford com interpretações incrivelmente joviais. Os dois compartilham uma química incrível, se posso dizer, por realmente mostrar que não há filme apenas com Butch Cassidy ou só com Sundance Kid, eles são uma dupla de amigos; uma amizade tão unida que a namorada de um chega a sentir certa atração por um deles. Se isso é certo eu não me arrisco a dizer, mas com certeza tem uma coisa ou outra a dizer sobre o nível de proximidade dos protagonistas.
18. The Ox-Bow Incident (Consciências Mortas), 1943
Direção: William A. Wellman
Não é um faroeste especialmente popular, mas deveria ser. A primeira coisa que chama a atenção aqui é trivial: este foi o último filme a receber indicação ao Oscar de Melhor Filme e nenhuma outra. A segunda coisa é também um tanto rasa: é a obra mais curta de todas as mencionadas, com seus singelos 75 minutos passando longe dos 175 minutos de “Era Uma Vez no Oeste”, por exemplo. O terceiro chamariz, entretanto, faz a obra valer a pena: este é o faroeste mais moral de todos os tempos. Sim, de fato o gênero tem a moralidade como um de seus elementos mais nucleares, mas aqui isso é explorado a fundo; é uma visão sórdida e pesada do que o ser humano é capaz quando acha que está fazendo justiça. O melhor de tudo é que a abordagem faz o espectador realmente pensar naquilo tudo. Não é um tema limitado ao seu universo. A mensagem vai além do que é mostrado em filme conforme a humanidade falha em mostrar que aprendeu algo em todos esses anos.
17. Per qualche dollaro in più (Por uns Dólares a Mais), 1965
Direção: Sergio Leone
Ao ouvir falar da tal “Trilogia dos Dólares” de Sergio Leone, admito que fiquei um pouco decepcionado com o primeiro filme, “Por Um Punhado de Dólares”. Com exceção de um detalhe ou outro, ele pareceu apenas um Faroeste extremamente comum, nada que fizesse jus à fama da Trilogia. Então veio a segunda parte e colocou o pé na porta, mostrando que realmente havia justificativa para tanto alarde pelas obras de Leone. Uma série de coisas que tinham sido vistas antes, e consequentemente na maioria dos Faroestes tradicionais, são melhoradas aqui. O protagonista sem nome de Clint Eastwood passa a ter outro ator para dividir o holofote, o caçador de recompensas de Lee Van Cleef, e acaba sendo um pouco melhor desenvolvido. A história melhora também, não por ser complexa como outros trabalhos posteriores do cineasta, mas por trabalhar bem com a dinâmica de dois protagonistas. Virtualmente todos os aspectos do primeiro são melhorados e, como o título sugere, são alguns dólares a mais na estrutura vista em “Por Um Punhado de Dólares”.
16. Johnny Guitar, 1954
Direção: Nicholas Ray
Em tempos de discussão de gênero não há obra mais relevante que “Johnny Guitar”, que é tido por muitos como um faroeste feminista. Muitas convenções de gênero estão ali para caracterizar o longa como um faroeste, no entanto, há também várias mudanças de arquétipos populares que chamam a atenção. O mais explícito é a inversão de papéis: Nicholas Ray troca as calças empoeiradas por vestidos e coloca o homem como em elemento secundário em sua história. O nome do filme ainda é “Johnny Guitar”, mas a protagonista é Vienna, a dona de um bar isolado da cidade e com boas perspectivas para o futuro. Por ser uma mulher de relativo sucesso a personagem principal atrai os olhos invejosos de Emma Small, que a todo custo procura desculpas para arruinar a vida de sua rival. Nesse contexto vemos como é a figura da mulher que mantém as posições mais fortes — normalmente dadas a homens — elas tomam as decisões grandes e agem sobre o mundo. Interessante ainda é esta inversão de papéis não ser gratuita, há todo um desenvolvimento competente que justifica seu lugar no mundo; a mulher não é simplesmente empoderada, ela chegou ali lutando e fazendo por merecer tudo o que é seu. Parte da receita deste sucesso? Interpretações fenomenais de Joan Crawford e Mercedes McCambridge.
15. Dances with Wolves (Dança com Lobos), 1990
Direção: Nicholas Ray
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14. The Hateful Eight (Os Oito Odiados), 2015
Direção: Quentin Tarantino
O filme mais novo dessa lista é também um divisor de águas. Não é de se surpreender, uma vez que a obra saiu de Quentin Tarantino. Muita gente considera este um dos piores do diretor, quem dirá um dos melhores faroestes de todos os tempos. Este não é só o mais novo da lista como também pode se gabar por ter o plano de fundo mais diferente dos outros, algo distante da imensidão do Monument Valley. Numa cabana nas montanhas gélidas do Wyoming oito figuras questionáveis ficam encurraladas e lidam com suas diferenças da maneira mais catastrófica que Tarantino poderia imaginar. Isso significa violência explícita e quase gratuita, diálogo afiado com uma porrada de palavrões e, para completar, um ambiente fechado que não dá espaço para ofensas reprimidas. Pouco espaço limita a ação, de certa forma, então este longa se apóia muito em diálogos e faz isso muito bem; equilibrando acidez, baixaria, humor e o plenamente ridículo sem criar uma anomalia. Caso contrário este faroeste nem estaria listado.
13. Stagecoach (No Tempo das Diligências), 1939
Direção: John Ford
Seria coincidência dois filmes de estrutura parecida estarem na mesma lista? Talvez sim, talvez não. O que importa é que “Stagecoach” é curiosamente parecido com “The Hateful Eight”, obra lançada 76 anos depois do grande filme de John Ford. Ambos não são tão focados na ação e têm seus melhores momentos nas alfinetadas, nos preconceitos, nas palavras e gestos de carinho entre os envolvidos, neste caso as 9 pessoas que viajam de carruagem pelas planícies vastas do oeste. De certa forma, acho engraçado ver como um faroeste tão antigo se difere tanto daquela trama clássica sobre a rivalidade entre duas figuras que culmina num grande tiroteio; “Stagecoach” até contém uma parte dessa idéia, mas toda sua magia está contida no modo como a moralidade — numa esfera social — é abordada. Como um banqueiro enxerga a ameaça dos índios? Por que uma prostituta é tratada de maneira pouco cortês em comparação com outra moça? Um cavalheiro não deveria tratar todas as mulheres como damas? Todas são questões que normalmente não chegam perto de serem colocadas em jogo, mas aqui são peças essenciais para o sucesso da história.
12. Hombre, 1967
Direção: Martin Ritt
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11. True Grit (Bravura Indômita), 1969
Direção: Henry Hathaway
Para alguns esta obra apenas recebeu atenção por conta de ser o filme que deu a John Wayne seu primeiro e único Oscar. Há quem diga que ele não ganhou por sua interpretação aqui, mas por seus inúmeros sucessos negligenciados do passado, como se fosse um prêmio de consolação. Embora ache que outras obras apresentaram Wayne em melhor forma que aqui, mesmo que ele não passe longe do espetacular aqui, este filme é mais do que merecedor de atenção por sua qualidade, com Oscar ou sem Oscar. Este é um Faroeste relativamente simples e tradicional em sua essência, um dos primeiros road movies do cinema, no qual o desenvolvimento se dá ao longo de uma viagem ou jornada. Personagens são bem construídos através do diálogo e quando chega a hora de acelerar o ritmo não existe restrição, a execução das cenas de ação mostra-se tão eficiente quanto nas sequências mais calmas. Mais de 40 anos depois de seu lançamento, este longa ganhou um remake em 2010; uma abordagem mais sombria e séria, distante da viagem leve e bem humorada vista neste espetacular Faroeste.
10. Blazing Saddle (Banzé no Oeste), 1974
Direção: Mel Brooks
9. Rio Bravo (Onde Começa o Inferno), 1959
Direção: Howard Hawks
É dito que “Rio Bravo” foi feito como uma resposta mal criada para “High Noon“. Após ter visto o longa, Howard Hawks e John Wayne desgostaram tanto dele que se juntaram para fazer este longa. De acordo com o diretor, um xerife que busca ajuda como um covarde não é material de um bom Faroeste. Não é de se surpreender que o resultado tenha uma abordagem completamente diferente de “High Noon”, nem que “Rio Bravo” seja um bom filme, considerando o talento de Howard Hawks. O longa tem o recorrente tema da fraternidade presente, trabalhado perfeitamente através de atuações cativantes e diversas entre si. Além de Wayne, Dean Martin também entrega uma performance competente ao combinar carisma com uma comunicação corporal condizente, esta última com certeza sendo influência do diretor. Exemplos vivos são vistos no punhado de músicas durante a história, colocadas ali tanto para dar espaço ao talento vocal de Martin quanto para tornar a experiência mais fluída. Com muito mais ação, personagens estereotipados do gênero e uma variedade de bons diálogos, o filme prova novamente um antigo mito sobre Hawks: ele não foi nenhum revolucionário, mas sem dúvida era um mestre na arte do comum.
8. Hud (O Indomado), 1963
Direção: Martin Ritt
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7. Unforgiven (Os Imperdoáveis), 1992
Direção: Clint Eastwood
Feito quase 30 anos após a primeira aparição de Clint Eastwood nos filmes de Sergio Leone, “Unforgiven” é considerado por muitos como o último grande Faroeste. Após o declínio do gênero nos Anos 70, grandes ou até boas produções foram se tornando cada vez mais escassas. Eis que surge uma figura conhecida para dirigir um filme estrelando ele mesmo no papel principal, uma obra sobre um pistoleiro aposentado que volta à ativa. A margem para analogias e metáforas é grande, mas isto não é o que faz esta obra ser grande. A receita para o sucesso está na combinação do velho com o novo, velhos costumes e estereótipos com cenários novos e técnicas mais modernas de fotografia. Até hoje este é um dos filmes visualmente mais bonitos de todos os tempos, tudo realizado sem a ajuda de qualquer tipo de computação gráfica. É a experiência de Eastwood no gênero, como ator e diretor, em uma história complexa, com muitas de suas conquistas baseadas na moralidade distorcida e bizarra do Velho Oeste.
6. Red River (Rio Vermelho), 1948
Direção: Howard Hawks
Um dos primeiros Faroestes dirigidos por Howard Hawks é, curiosamente, seu melhor. Nunca os vínculos de fraternidade foram tão fortes em um filme do diretor, que apresenta uma relação conturbada entre pai e filho de gerações e mentalidades diferentes. Embora tivesse 41 anos, John Wayne atua como o velho caubói de seus papéis de fim de carreira, encarnando perfeitamente sua conhecida personalidade ranzinza e teimosa. Desta vez, porém, há Montgomery Clift para contrastar sua imagem forte, interpretando um filho adotivo tão teimoso quanto, só que de uma forma jovial e menos cética. Não existe argumento consciente entre duas pessoas de cabeça dura, até onde eu sei, e em tempos de Velho Oeste o resultado não poderia passar longe do conflito. O enredo principal, que envolve a condução de centenas de cabeças de gado a um estado distante, pode ser chamado assim em termos de contextualização, mas o que rouba a cena é a tensão constante entre um pai conservador e um filho cheio de energia.
5. The Man Who Shot Liberty Valance (O Homem que Matou o Facínora), 1962
Direção: John Ford
Este foi um Faroeste que assisti na mesma época que “Era Uma Vez no Oeste”, só que, ao contrário dele, nunca tive segundas opiniões sobre sua qualidade. Filmado em um assombroso preto e branco, fotografia não muito comum em uma época de Faroestes coloridos, este é outro grande exemplo de como a moralidade é trabalhada com maestria. Conforme o gênero foi crescendo, seus temas foram ficando abrangentes a ponto do Velho Oeste ser apenas palco para grandes espetáculos; não havia mais limitação para dizer que o gênero deveria abordar, ele havia tomado vida própria. Curiosamente, este amadurecimento teve seu auge nos anos próximos a decadência do Faroeste, o que pode ser visto neste obra e em outras do mesmo período. O conflito, que antes era entre a lei e os fora-da-lei, passa a ser entre os dois lados da mesma lei: a que prega as emendas da constituição e aquela que resolve seus problemas com tiros. De um dos grandes mestres do Faroeste, John Ford, este filme permanece até hoje como o melhor que o diretor tem a oferecer em termos de Velho Oeste.
4. High Noon (Matar ou Morrer), 1952
Direção: Fred Zinnemann
Howard Hawks pode até ter feito dez tipos de escândalos e três filmes por causa de “High Noon”, mas nenhum de seus Faroestes foi longe o bastante para superá-lo. Feito em uma época em que o tradicionalismo estava bem instalado no gênero, com obras de baixo orçamento sendo lançadas aos montes, este longa-metragem mostrou-se revolucionário e controverso por apresentar justamente o que não se esperava. A figura de Xerife deixa de ser sinônimo de cara durão, ou qualquer coisa que se resuma a um adjetivo, e passa a ser humano. Além de mostrar este lado, o filme ainda oferece como bônus o fato de sua história se passar em tempo real, que apenas aumenta a tensão e a pressão do conflito mental do protagonista. É uma das poucas vezes em que vemos uma abordagem tão distinta e tão realista, se posso dizer, do mito do Faroeste. Positiva ou negativa, tudo o que é diferente sempre causa uma impressão. Para alguns esta obra foi uma heresia, para outros uma demonstração do melhor que o cinema tem para oferecer. John Wayne pode até ter falado mal deste longa, mas sobrou para ele aceitar o Oscar de Gary Cooper quando este não esteve presente na cerimônia.
3. C’era una volta il West (Era Uma Vez no Oeste), 1968
Direção: Sergio Leone
Depois de desenvolver sua técnica com a “Trilogia dos Dólares” e atingir seu ápice com “Três Homens em Conflito”, Sergio Leone retornou para mais uma trilogia. Dessa vez, não se dedicou exclusivamente ao Faroeste, decisão que, felizmente, abriu espaço para sua magnum opus: “Era Uma Vez na America”. Mas voltando Velho Oeste, “Era Uma Vez no Oeste” pode não chamar a atenção se o espectador busca o mesmo que viu antes. O que também não quer dizer que haja uma quantidade esmagadora de novidades na escolha de elementos. O que muda é a escala de conceitos já conhecidos. Um simples duelo, evento comum no gênero, é transformado em algo épico. O tempo quase para nos longos momentos em que os pistoleiros se encaram. Tudo é disposto de forma que nada fique avulso. Os atores são perfeitamente escolhidos e dirigidos para exercer um papel mais ambicioso do que foi visto — como dar um papel de vilão a Henry Fonda. Ao mesmo tempo, a história faz sua parte em apresentar uma complexidade bem vinda regada às clássicas melodias de Ennio Morricone. Se existe um Faroeste característico o bastante para definir o gênero, este é “Era Uma Vez no Oeste”. Mesmo que não seja o melhor de todos os tempos ou o melhor do próprio Leone.
2. Il buono, il bruto, il cattivo (Três Homens em Conflito), 1966
Direção: Sergio Leone
Qualquer um que bater os olhos no Top 250 filmes do IMDb vai notar que esta obra está nas posições mais altas; o que pode ser esquisito considerando toda a história do Cinema, mas normal quando tal lista tem “O Cavaleiro das Trevas” como o 4º melhor filme da história. Entretanto, uma pessoa poder assoviar o tema de Ennio Morricone sem nunca ter visto este filme é uma qualidade que poucas obras podem se gabar. “Três Homens em Conflito” vai além de uma posição alta e um tema cativante ao fechar com chave de ouro a, já mencionada, “Trilogia dos Dólares”. Após a trama envolvendo um tesouro em dinheiro, Sergio Leone buscou criar algo similar com a adição de um protagonista novo. Esta é novamente uma atualização do que foi visto nos dois primeiros longas, estrelando os dois caçadores de recompensa do segundo filme e um terceiro elemento para fechar a equipe; contando também com um notável aumento na duração, que chega quase nas 3 horas. Hoje a Trilogia é considerada uma obra de arte, mas basta analisar a maneira como ela se estruturou, com simples melhorias ali e aqui, para ver que eram obras totalmente comerciais. Independente do que se pretendia, não há dúvidas quanto a qualidade do produto final, mas ainda assim há quem diga que Cinema Comercial não é arte.
1. The Wild Bunch (Meu Ódio Será Tua Herança), 1969
Direção: Sam Peckinpah
Este é o tipo de filme que é uma experiência tão intensa, que algumas cenas ficam simplesmente impressas na memória. Dizendo desta maneira, isto pode parecer a afirmação mais sem sal de todos os tempos, pois todo mundo lembra das cenas marcantes de qualquer filme que seja. Mas lembrar de uma cena simples, um grupo de homens rindo, em um longa no qual a violência explícita é uma das características predominantes certamente tem algum significado. Digam o que quiserem de “The Wild Bunch”, falem de seus tiroteios extraordinários ou dos diálogos bem escritos, mas eu simplesmente não consigo tirar da minha cabeça a camaradagem forte daquele grupo de criminosos. São coisas como a tal cena da risada que dizem tanto sobre a profundidade deste longa, que revelam que existe tanto entretenimento quanto uma boa estrutura. Os pilares desta obra não poderiam ser descritos como menos que sensacionais, uma vez que existe uma ligação íntima entre os aspectos mais elementares de um filme: o roteiro possui uma entonação existencial, fundindo as sutilezas deste tom com o choque da violência; a direção contemplativa de Peckinpah faz sua parte ao representar o roteiro com imagens; enquanto o elenco, também sob influência da direção, leva adiante tais temáticas através da química entre os personagens. São coisas como essas que me fazem dizer que este é um dos melhores filmes da história e sem dúvidas o melhor Faroeste de todos os tempos.
11 comments
Gostei muito da sua lista. Tem um filme que os críticos gostam muito, mas também não sei se estaria no meu top 10, que é Rastros de Ódio. O que acha dele??
Opa, obrigado pelo comentário!
Pra mim é aquele filme universalmente aclamado, mas que eu não consigo gostar tanto. Eu gostei quando vi, mas não consegui enxergar o gás da coca nele como muitos viram. Abraço
Boa lista. Mas eu sugiro que passado algum tempo da primeira olhada, tentem dar outra chance a “Rastros de Ódio”. Eu também não achei “isso tudo” na primeira vez que vi, há muitos e muitos anos. Mas entender um pouco mais algumas nuances do roteiro me fizeram ver que, por trás do que parece ser “apenas mais um faroeste recheado dos clichês do gênero”, há um filme fantástico, com um roteiro repleto de subtemas interessantes. Isso pra não falar, claro, do que já salta aos olhos, que é o aspecto visual do filme: nunca o Monument Valley foi tão bem filmado, nem mesmo pelo próprio Ford em seus filmes anteriores.
Talvez, caso tenham interesse, valha à pena ouvir o Podcast Filmes Clássicos, episódio #35, sobre o filme, que entra no ar no dia 15/03/2016.
Grande abraço.
Pois então, eu vejo tanta gente falando dessas nuances e dos temas mais ocultos na trama “genérica” que às vezes me pergunto se teve algo que eu perdi. Sobre a fotografia, isso realmente nem posso criticar. Acho que dos filmes do Ford, tanto os que vieram antes quanto depois, é o que mais agrada os olhos.
Vou colocar na lista de novo e aproveitar pra ouvir seu podcast, soltando a análise eu mando um salve pra gente trocar uma idéia de novo.
Abraço!
Episódio #35 do Podcast Filmes Clássicos (sobre Rastros de Ódio) está no ar:
http://filmesclassicos.com.br/2016/03/15/ratsros-de-odio/
Aguardo os comentários de vocês!
Abraço
Legal o Site. Os Faroestes citados são Clássicos, mas existem muitos outros como: Os Brutos Também Amam, Jesse James, Bandeirantes do Norte, Lança Partida, etc.
Olá, Vicente, valeu pelo comentário!
Realmente tem vários clássicos na lista, mas acho que pelo menos um mais novo entra na lista quando eu expandir de 10 para 15.
Abs!
Caio gostei da sua lista, fui lendo e quando chegou ao final que vi o primeiro e o segundo ( eu inverteria as posições ) fiquei muito feliz. Gosto de todos mais acho que faltaram alguns. Cada um tem sua lista. Acho que isso não é uma ciência exata onde uma lista seria exaustiva e pronto, a ponto de todos gostarem! Caio você assistiu ao Jesse James ( Brad Pitt )? se viu, o que achou dele?
Esse ainda to devendo! Preciso ver qualquer dia desses. Quais outros você acha que ficaram faltando? Podem ser boas recomendações também. Abraço!
Muito boa a lista. Na minha opinião faltaram dois dos principais filmes do gênero: Rastros de ódio, de Jhon Ford e Django do italiano Sergio Corbucci. Mas cada um tem a sua lista. Gostei da dica do filme Consciências Mortas. Esse eu não conheço, parece interessante e vou procurar para assistir. E eu vou aproveitar para dar outra dica de filme para todos os amantes de faroeste: O Dia da Ira , do italiano Toninho Valerii. Quando comecei a ver esse filme pensei que fosse mais um banal western spaghetti mas me surpreendi com desenrolar da trama: o filme era espetacular.
Olá! Pior que esses dois são filmes respeitados e comuns nessas listas, especialmente o “Rastros de Ódio”, que eu não consegui gostar tanto. Pretendo rever “Django” de novo e conhecer esse “O Dia da Ira”, valeu pela recomendação!