Esta página reúne os filmes analisados pelo Cine Grandiose que marcarão presença no Oscar 2016. Nem todos os indicados estarão nessa lista, pois vários não foram avaliados ou sequer lançados nos cinemas brasileiros. Conforme novos filmes forem analisados, esta página será atualizada. Para acessar as análises, basta um clique nas imagens.
The Revenant (O Regresso)
Depois de faturar 3 Oscars em 2015, Alejandro González Iñarritu vem para mais com um dos filmes mais ambiciosos de todos os tempos. Sua parte técnica brilhante dá um show visual como poucos filme dão, superando até mesmo o excelente “Mad Max: Fury Road” neste quesito. Cada fotograma e cada cena são obras de arte, que combinam a beleza natural dos locais de filmagem com a perícia de Emmanual Lubezki por trás da câmera. Este também é o filme que pode dar a Leonardo DiCaprio seu primeiro e tão aguardado Oscar.
12 Indicações: Melhor Filme, Melhor Ator (Leonardo DiCaprio), Melhor Ator Coadjuvante (Tom Hardy), Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Design de Produção, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhores Efeitos Especiais
Vencedor: Melhor Ator (Leonardo DiCaprio), Melhor Direção, Melhor Fotografia.
Mad Max: Fury Road (Mad Max: Estrada da Fúria)
O melhor filme da série “Mad Max”, um dos melhores do ano e com certeza um dos melhores filmes de ação dos últimos anos. Desde a hora que começa, a ação é ininterrupta, reinventando elementos dos filmes antigos e tornando-os ainda melhores que antes.
10 Indicações: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Design de Produção, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhores Efeitos Especiais
Vencedor: Melhor Edição, Melhor Design de Produção, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som
The Martian (Perdido em Marte)
Outro história colocando Matt Damon como alguém que precisa ser resgatado, esta obra trabalha todo o conceito de isolamento de uma forma inesperada e muito boa: utilizando o bom humor para preencher os dias, meses e anos de solidão em Marte.
7 Indicações: Melhor Filme, Melhor Ator (Matt Damon), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Design de Produção, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhores Efeitos Especiais
Bridge of Spies (Ponte dos Espiões)
Este drama de Guerra Fria coloca Steven Spielberg junto de Tom Hanks em outro bom filme. A progressão previsível do enredo acaba um pouco com a tensão, embora a direção de Spielberg brilhe novamente e faça com que, ao menos nas imagens, o suspense seja transmitido.
6 Indicações: Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Mark Rylance), Melhor Roteiro Original, Melhor Design de Produção, Melhor Trilha Sonora, Melhor Mixagem de Som
Vencedor: Melhor Ator Coadjuvante (Mark Rylance)
Carol
Cate Blanchett volta para outro grande papel, desta vez encarnando uma socialite que tem gostos considerados inadequados em sua época. Junto de Rooney Mara, ela dá vida a uma relação delicada e singular, um palco apropriado para exibir uma boa atuação em meio de uma cativante fotografia.
6 Indicações: Melhor Atriz (Cate Blanchett), Melhor Atriz Coadjuvante (Rooney Mara), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Trilha Sonora
Spotlight (Spotlight: Segredos Revelados)
A jornada da equipe investigativa Spotlight em busca da verdade por trás de um escândalo na Igreja Católica. Com um elenco mais que competente, que dá identidades realmente únicas aos seus personagens, uma direção que não poderia ser mais concisa e uma trama impressionante por si, este é um filme que realmente vale a assistida.
6 Indicações: Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Mark Ruffalo), Melhor Atriz Coadjuvante (Rachel McAdams), Melhor Direção, Melhor Roteiro Original, Melhor Edição
Vencedor: Melhor Filme, Melhor Roteiro Original
The Big Short (A Grande Aposta)
O assunto é complexo e socioeconomicamente relevante. As palavras podem assustar, mas conseguem traduzir tudo isso de forma clara e leve, até deixando tudo interessante. Até mesmo quem está cansado de ler crise em todo tipo de mídia aproveitará o que este filme oferente, embora a direção e a edição não sejam exatamente merecedores do Oscar.
5 Indicações: Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Christian Bale), Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição
Vencedor: Melhor Roteiro Adaptado
Star Wars: Episode VII – The Force Awakens (Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força)
Estreando a terceira trilogia da série com uma porção de indicações, este filme apresenta novos personagens interessantes e ação do melhor tipo. No entanto, a promessa de resgatar elementos da Trilogia Original vai longe demais e este longa acaba sendo pouco original, apenas mais do mesmo com pouca ou nenhuma variação.
5 Indicações: Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhores Efeitos Especiais
Room (O Quarto de Jack)
A história mais original do Oscar é também um dos melhores filmes do ano. Só com sua premissa, “Room” já desperta uma série de emoções fortes no espectador, que fica sem saber o que pensar de toda aquela situação. Quando chega a hora de desenvolver sua trama, este longa não desaponta nem um pouco. Pega toda a promessa inicial e transforma em uma verdadeira exploração dos limites do ser humano, sem se tornar excessivamente dramático ou explícito na repugnância de partes do enredo.
4 Indicações: Melhor Filme, Melhor Atriz (Brie Larson), Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado
Vencedor: Melhor Atriz (Brie Larson)
The Danish Girl (A Garota Dinamarquesa)
Considerado por muitos como o filme que pode roubar o Oscar de Leonardo DiCaprio — e consequentemente dar o segundo prêmio consecutivo para Eddie Redmayne — “A Garota Dinamarquesa” prometeu muito com sua premissa contemporânea e temas socialmente relevantes, mas não chega lá. A atuação de Redmayne sofre por causa de seu personagem mal representado e acaba tendo menos destaque que Alicia Vikander, a atriz que contracena com ele. Sem contar o fato do ator não possuir um traço andrógeno sequer, tornando difícil digerir diversos eventos da história.
4 Indicações: Melhor Ator (Eddie Redmayne), Melhor Atriz Coadjuvante (Alicia Vikander), Melhor Figurino, Melhor Design de Produção.
Vencedor: Melhor Atriz Coadjuvante (Alicia Vikander)
The Hateful Eight (Os Oito Odiados)
Esta obra mistura a trama de “Reservoir Dogs” com o plano de fundo de “Django Unchained”, com todo aquele bando de coisas que fazem Tarantino ser um diretor tão único. Mas o maior acerto deste filme é manter um equilíbrio entre acidez, baixaria, humor e o plenamente ridículo. Quase nenhuma cena se exalta demais em um desses aspectos, o que torna as excessivas quase 3h de filme mais fáceis de acompanhar.
3 Indicações: Melhor Atriz Coadjuvante (Jennifer Jason Leigh), Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora
Vencedor: Melhor Trilha Sonora
Brooklyn
Tocante e conciso, este longa-metragem pega uma simples história — até comum, de certa forma — e a executa de forma satisfatória. Grande parte disso é devido a boas performances do elenco, que entrega personagens empáticos independente do tamanho do papel. Destaque vai para Saoirse Ronan por sua interpretação tão sincera dos conflitos internos de sua personagem.
3 Indicações: Melhor Filme, Melhor Atriz (Saoirse Ronan), Melhor Roteiro Adaptado
Sicario (Sicario: Terra de Ninguém)
Uma história sobre cartéis criminosos no México pode até parecer um belo plano de fundo para um filme de ação, mas a verdade é que esta obra escolhe o caminho mais calmo e conta sua história nos moldes de um Suspense. Grandes atuações de Emily Blunt e Benicio Del Toro roubam a cena, enquanto as imagens da colaboração de Denis Villeneuve fazem de tudo para entregar algumas das imagens mais bonitas e impactantes do ano.
3 Indicações: Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Edição de Som.
Inside Out (Divertida Mente)
Eleita por muitos como a melhor animação da Pixar dos últimos anos, esta divertida aventura dentro da mente de uma criança mostra novamente que traços infantis podem esconder temas muito mais profundos.
2 Indicações: Melhor Animação, Melhor Roteiro Original
Vencedor: Melhor Animação
Ex Machina
Indo contra a maré de filmes que se apoiam muito no espetáculo de efeitos visuais, “Ex Machina” apresenta uma história cativante e inteligente, recheada de suspense e personagens bem construídos. Contemplando uma série de temas existenciais, este longa conta com a direção competente de Alex Garland para reforçar seus temas, além de um elenco forte que cria um suspense extra além daquele na própria trama.
2 Indicações: Melhor Roteiro Original, Melhores Efeitos Especiais
Vencedor: Melhores Efeitos Especiais
Trumbo (Trumbo: Lista Negra)
É curioso como uma história sobre um grande roteirista peca justamente no roteiro. Nenhum crime cometido é grave o bastante para estragar o produto final, embora existam diversos pontos que peçam por um polimento maior. Não é como se Bryan Cranston deixasse a desejar por causa disso, entregando outra performance espetacular.
1 Indicação: Melhor Ator (Bryan Cranston)
Anomalisa
Um filme de animação que não tem absolutamente nada de apelativo para crianças. Seus assuntos são sérios, os bonecos não têm nada de bonito e suas imagens podem chocar até adultos mais sensíveis. “Anomalisa” impressiona por apresentar uma visão de mundo original e sustentá-la com um universo único e bizarro. No entanto, o mesmo cuidado que se nota nesse universo não está em outros elementos, fato que acaba ferindo esta potencial vencedora de melhor animação.
1 Indicação: Melhor Animação
Spectre (007 Contra Spectre)
Após o grande sucesso de “Skyfall”, este filme acabou tendo expectativas demais em cima dele. A insistência de explorar o passado do protagonista é tanta que a trama acaba se tornando uma bagunça decepcionante. Só podem estar tentando compensar todas as esnobadas da série ao longo dos anos ao indicar ao Oscar uma das piores músicas temas de todas.
1 Indicação: Melhor Canção Original (Writing’s On The Wall – Sam Smith)
Vencedor: Melhor Canção Original (Writing’s On The Wall – Sam Smith)
Creed (Creed: Nascido para Lutar)
O que parecia ser apenas mais um filme seguindo a moda de reboots e continuações desnecessárias acabou sendo o melhor filme do ano. Mais do que apenas seguir a fórmula dos Rockys antigos, este filme atualiza muitos elementos da época e os transforma; tornando a experiência um meio termo ideal entre o clássico e o novo. Sendo assim, todas aquelas lutas que já eram boas na época ficam ainda melhores, pois edição, fotografia e direção modernas quase colocam o espectador dentro da arena.
1 Indicação: Melhor Ator Coadjuvante (Sylvester Stallone)
Fifty Shades of Grey (Cinquenta Tons de Cinza)
Pois bem, um dos piores filmes do ano marca presença tanto no Oscar quanto na Framboesa de Ouro. Felizmente, o bom senso reinou e a única categoria indicada foi para uma das poucas coisas que não transmitem vergonha alheia.
1 Indicação: Melhor Canção Original (Earned It – The Weeknd)